Por que mentimos?

Em artigo sobre "Mentira e linguagem corporal" escrito para a Revista Psique, os psicólogos Lívia Grizzi e Paulo Sérgio, afirmam que múltiplos fatores devem ser considerados ao abordado tema "mentira".

Quais o motivos que nos levam a mentir? Quais as emoções e o sentimentos que podem ser despertados na pessoa que mente? Como-a mentira pode ser revelada pela linguagem do corpo?

Mentira é uma mensagem falsa que é transmitida de maneira consciente e intencional a fim de enganar alguém sem que este desconfie da inveracidade da informação.

Pesquisadores como Robert Feldman (2009), afirmam que escutamos cerca de 200 mentiras por dia e que, durante uma conversa de 10 minutos cada pessoa diz em média três mentiras.

Mas por que mentimos?

Aprendemos desde cedo que a mentira é indispensável para a nossa adaptação ao ambiente. Para o neurologista Benito Damasceno (2009), a mentira é uma forma de inteligência transmitida de pais para filhos desde cedo.

Todos nós temos exemplos de situações em que fomos repreendidos quando criança por falarmos a verdade. "Filho, você não pode falar para a titia que a roupa dela está feia." "Você não deveria ter dito que não gostou." "Se for sua avó no telefone, diga que não estou!"

Algumas vezes mentimos para nós mesmos, ou seja, autoengano. Termo definido por Smith (2006) como processo mental cuja função é ocultar informações da mente consciente.

O que sente quem mente?

Sabia que, segundo Feldman (2009), a descarga da adrenalina, o sentimentos de superioridade por ser capaz de enganar o outro é até à realização pessoal, são possíveis sentimentos experenciados pelo mentiroso?

As emoções podem mobilizar o "mentiroso" por segundos ou até décadas. O medo de ser pego e a culpa por enganar o outro são os sentimentos mais comuns. Porém, o sentimentos de prazer é o mais curioso. GRIZZI, L. SÉRGIO, P. Mentira e linguagem corporal. Revista Psique. Ed. 92. 2015

#mentira #linguagemcorporal